quinta-feira, 5 de março de 2009

Quem quer ser um milionário

Fui ver o filme, e não concordo com algumas interpretações que estão sendo postadas por aí.

É bom que se diga que ele é um cara determinado.
Desde pequeno sua determinação era notável.
Se fosse preciso se vestir de merda para ver seu herói ele o fazia.

E foi com essa determinação que ele alcançou seu amor, no final, bem no final.
Se tivesse um pouco mais de coragem, de valor, talvez não teria deixado ela para trás, não teria permitido que alguém que não a amava tanto quanto ele se apossasse dela.

Mas se fosse assim, teria sucumbido a todos os percalços. Teria lutado com os matadores de sua mãe, com os ladrões de sua inocência. Talvez não tivesse um futuro. Talvez morresse por ali mesmo.
Ele tinha a ídole dos justos, que esperam, que acreditam, que irão triunfar no final.

Eu não seria assim. Eu luto pelo que eu quero, pelo que eu acredito. Quando tenho forças, é claro.
A mentira, por exemplo, me tira totalmente as forças. Eu não acredito que exista gradações para a mentira. Não existe mentira pequena e ridícula. Só existe mentira.
Para a mentira, não existe motivação. Não existe mentira justa. Mentira é mentira.

Quando se mente, não se sabe nem quantas vezes mentiu. As vezes se mente de novo, só para afirmar que aquela foi a única vez.

Aquele menino merecia o prêmio maior, porque a vida lhe devia aquilo. Tudo aconteceu para que ele ganhasse o prêmio. As perguntas eram retalhos da sua vida.

Mas aquele menino não merecia o amor. Aquele menino recebeu um rosto talhado pela sua calma, pela sua ausência, pelo seu abandono do amor, pela sua falta de atitude no momento preciso, no momento necessário.

Aquele menino deixou acontecer. E em sendo assim, não poderia reclamar nada da vida.

Eu não sou assim.

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