segunda-feira, 16 de março de 2009

Alguém que me ame de verdade


Cheguei ontem de viagem e estava doido para fazer alguma coisa.
Pensei num cinema.
Dei uma olhada nos filmes em cartaz e esse me chamou a atenção de imediato, pelo título
ALGUÉM QUE ME AME DE VERDADE..

Fui... nem queria saber do enredo, diretor, nacionalidade, nada.... Fui....
Com esse nome? Eu assistiria de olhos fechados, deixando que meu pensamento criasse o próprio filme.

Alguns títulos deveriam ser proibidos:
Alguém que me ame de verdade..
E o vento levou..
Sob o céu da Toscana..
e muitos outros..

Esses títulos já são um filme em si. Você ouve o título e já começa a viajar no filme.

Mas, afinal, não fechei os olhos, e vi o filme até o final.
Não era o que o título prometia. É mais um documentário sobre costumes em nações de tradições fortes, como a muçulmana e a judia.
O filme mostra a eterna guerra entre Tese e Antítese. A Tese firmando para se manter, e a Antítese contestando o "status quo", pedindo seu espaço, querendo se colocar como Tese.

As duas meninas, lindas por sinal (Zoe Lister Jones e Francis Benhamou) , cada uma com seus costumes e hábitos, buscando alguém para amar de verdade, e não aceitando os que a familia escolhe para elas. Querem opinar, querem escolher, querem amar o escolhido.

No final, no finalzinho, o diretor, que poderia ter acabado o filme só com a cena das duas no banco do jardim, sem nada a dizer, resolve colocar um diálogo em que as duas atestam a capacidade de manipular os homens, de os administrarem, de não serem leais.

E ai??? Cadê o AMAR DE VERDADE???? Onde ficou o amor, que deveria se propor a ser real, honesto, leal e fiel??

No finalzinho, quer saber, o filme estraga completamente o título.
Inshallah..
Shalom..
.. Vai saber!!!



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