Sorrir não mata.
Viver não dói.
Abraçar não arde.
Beijar não fere.
Rir não machuca.
Viu?
Você não tem motivos para não tentar ser feliz.
sábado, 31 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
A vida continua
E ficaram, cada um, com sua falta, com sua culpa, com sua história.
E ninguém soube mesmo o que houve.
Sabiam eles, mas isso não mais importa.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
De volta a Minas Gerais
"Minas Gerais não é apenas um rostinho bonito (no mapa).
É um "ali" quase infinito
que vai de onde as vistas alcançam até onde os pés cansam.
Mineiro de raiz sabe onde não deve meter o nariz.
Desconfiado por natureza, se não sabe não diz.
Em seu silêncio, observa e medita.
Finge que acredita, desconversa, evita.
Ser mineiro é não emprestar e não pedir emprestado.
O preço de viver se paga à vista, não se faz fiado.
Na vida simples busca a atitude correta.
Viver sem incomodar e ser incomodado é sua meta.
Mineiro é mineral, tem sua força na resistência.
Quieto e firme como rocha em suas convicções e paciência.
Do alto de uma montanha, observando a imensidão
sabe que nesta terra rega com teu suor a semente do seu coração."
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domingo, 20 de novembro de 2011
Do viver
Qualquer coisa pela qual vale a pena lutar nos mantém vivos.
A ausência de propósitos é a morte.
A ausência de propósitos é a morte.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Pensando Bem
As relações que valem a pena não são as eternas, são as infinitas.
Ser infinito não é ser eterno, é ser intenso, integral, forte.
Ser infinito não é ser eterno, é ser intenso, integral, forte.
sábado, 5 de novembro de 2011
A virtude, segundo Nietzsche
"Um homem virtuoso é uma espécie de ser inferior,
pelas simples razão de que não é ele que importa mas o seu valor,
que consiste em estar em conformidade com um esquema de homem, fixado antecipadamente.
Ele não é e não quer ser único.
Se esconde nas expectativas de seus semelhantes"
Nietzsche
pelas simples razão de que não é ele que importa mas o seu valor,
que consiste em estar em conformidade com um esquema de homem, fixado antecipadamente.
Ele não é e não quer ser único.
Se esconde nas expectativas de seus semelhantes"
Nietzsche
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
A Viagem
Fui sem saber ir,
sem pensar em voltar,
sem sentir.
Eu queria ir, ou precisava, não sei.
Não busquei mapas,
não levei relógios,
não esperei ninguém.
A viagem era minha,
da minha necessidade,
da minha desesperança,
da minha fé.
Fui,
em busca de mim,
transportando aquilo que de mim sobrou
de nossa promessa de amor não cumprida.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Para o dia de hoje
"Sempre há um quê de ridículo nas emoções das criaturas que deixamos de amar"
Oscar Wide - O Retrato de Dorian Gray
Oscar Wide - O Retrato de Dorian Gray
sábado, 15 de outubro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
Enquadramento
E agora, tudo se torna não mais uma questão de amor, mas de mera convivência.
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terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Bendito
"Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros"
Violeta Parra
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros"
Violeta Parra
quarta-feira, 25 de maio de 2011
O que é o Viver
Sempre me dizem que não estou fazendo o que estou fazendo.
A certeza que tenho é o que faço. O que faço me define.
Mas se me dizem que não faço o que faço,
me dizem que não sou o que sou.
Sou o que faço,
sou o que sinto,
Sou o que sou.
O que me dizem que faço é o que querem que eu seja,
E o que querem que eu seja não me define.
Me liberto do que querem que eu seja para permanecer em mim mesmo.
Luto a luta silenciosa dos que buscam a própria significação.
E não estou sozinho.
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sábado, 21 de maio de 2011
22 MAIO 2011
"Deus, que será de ti quando eu morrer?
Eu sou teu cântaro (e se me romper?)
A tua água (e se me corromper?)
Sou teu agasalho, teu afazer.
Vai comigo o significado teu."
Vladimir Maiakóvisk
Uma seita americana (Family Radio Worldwide) difundiu que hoje seria o retorno de Jesus à Terra, para julgar os vivos e os mortos.
Eu sou teu cântaro (e se me romper?)
A tua água (e se me corromper?)
Sou teu agasalho, teu afazer.
Vai comigo o significado teu."
Vladimir Maiakóvisk
Uma seita americana (Family Radio Worldwide) difundiu que hoje seria o retorno de Jesus à Terra, para julgar os vivos e os mortos.
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quarta-feira, 18 de maio de 2011
Eterna Solidão
Tem gente que responde o que não foi perguntado,
Briga pelo que pensa ser a verdade,
E não se contenta com o explícito.
Tem gente que rotula as pessoas,
Critica o mundo, Odeia a vida.
Tem gente que atropela a sorte,
Engana a verdade, maldiz o destino.
Tem gente que rompe amizade,
namoro, casamento, tudo enfim
por conta de um mundo que não existe,
uma verdade torta e uma moral duvidosa.
Essa mesma gente não sabe que o pior dos mundos
é o que construimos dentro de nós, com a nossa verdade única,
fruto do rancor que temos do mundo
e da insuportável angústia de uma vida pequena e mesquinha.
Briga pelo que pensa ser a verdade,
E não se contenta com o explícito.
Tem gente que rotula as pessoas,
Critica o mundo, Odeia a vida.
Tem gente que atropela a sorte,
Engana a verdade, maldiz o destino.
Tem gente que rompe amizade,
namoro, casamento, tudo enfim
por conta de um mundo que não existe,
uma verdade torta e uma moral duvidosa.
Essa mesma gente não sabe que o pior dos mundos
é o que construimos dentro de nós, com a nossa verdade única,
fruto do rancor que temos do mundo
e da insuportável angústia de uma vida pequena e mesquinha.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Lendo Nietzsche 4
"As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras".
Nietzsche
Nietzsche
domingo, 15 de maio de 2011
quinta-feira, 12 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Lendo Nietzsche
Nietzsche disse: Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia.
Eu digo: Que bom que você leu Nietzsche, Sy.
Eu digo: Que bom que você leu Nietzsche, Sy.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Destinos
"- Olá! Como vai?
- Eu vou indo. E você, tudo bem?
- Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E você?
- Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo... quem sabe?
..."
Sinal Fechado - Chico Buarque
- Eu vou indo. E você, tudo bem?
- Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E você?
- Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo... quem sabe?
..."
Sinal Fechado - Chico Buarque
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terça-feira, 3 de maio de 2011
3 de maio
Sinto saudades de você, que nunca partiu.
Perdi momentos valiosos de nós dois por pura falta de sensibilidade. Minha, é claro!
Fui perdoado por você mesmo antes de ter errado, e errei várias vezes.
Tomei caminhos que resultaram em nada e você me acompanhou em toda a jornada,
mesmo sabendo do resultado.
Por fim, cresci. E me tornando mais forte, também me tornei mais humano.
Com os meus erros aprendi a entender os outros, suas falhas, seus enganos.
Com os descaminhos, aprendi a valorizar as decisões, a buscar aconselhamento.
Com você, aprendi a ser melhor e melhor.
E com seu perdão, sua paciência, vivenciei ainda mais seu amor.
Hoje nós dois rimos do que ainda faço de errado.
Conversamos mais do que antes, e mais intimamente do que nunca.
Vemos juntos paisagens, comentamos do tempo e da vida.
Hoje somos um, e mesmo na sua ausência, eu nunca mais fui sozinho.
Aprendi que temos que dizer adeus em alguma hora,
e que não existe mais cedo ou mais tarde,
mas que nossa hora vai chegar, como a de todos ao nosso redor.
Mas saudade, mãe, eu vou sentir sempre.
Perdi momentos valiosos de nós dois por pura falta de sensibilidade. Minha, é claro!
Fui perdoado por você mesmo antes de ter errado, e errei várias vezes.
Tomei caminhos que resultaram em nada e você me acompanhou em toda a jornada,
mesmo sabendo do resultado.
Por fim, cresci. E me tornando mais forte, também me tornei mais humano.
Com os meus erros aprendi a entender os outros, suas falhas, seus enganos.
Com os descaminhos, aprendi a valorizar as decisões, a buscar aconselhamento.
Com você, aprendi a ser melhor e melhor.
E com seu perdão, sua paciência, vivenciei ainda mais seu amor.
Hoje nós dois rimos do que ainda faço de errado.
Conversamos mais do que antes, e mais intimamente do que nunca.
Vemos juntos paisagens, comentamos do tempo e da vida.
Hoje somos um, e mesmo na sua ausência, eu nunca mais fui sozinho.
Aprendi que temos que dizer adeus em alguma hora,
e que não existe mais cedo ou mais tarde,
mas que nossa hora vai chegar, como a de todos ao nosso redor.
Mas saudade, mãe, eu vou sentir sempre.
domingo, 1 de maio de 2011
O Vento e a Pedra
Ele passou por ela e se encantou com sua firmeza.
Ela sempre ali, no alto da montanha, a avistar o mundo.
Ele, sempre em movimento, às vezes sem rumo, mas sempre sem lar.
Quero ser pedra, disse ele.
Quero me fixar em algum lugar e ganhar uma paisagem permanente.
Quero poder cortar o vento e deixar crescer perto de mim as flores.
E assim foi, e assim aconteceu.
E o vento virou pedra, e se fixando no alto do monte, ganhou uma paisagem.
O tempo foi passando, as flores crescendo e morrendo ao seu redor,
e a mesma paisagem.
Outros ventos vieram e se foram.
E ele descobriu que sua natureza ainda era ser vento.
E que "correr o mundo", para ele, era mais importante
do que simplesmente admirá-lo do alto de uma montanha.
Ela sempre ali, no alto da montanha, a avistar o mundo.
Ele, sempre em movimento, às vezes sem rumo, mas sempre sem lar.
Quero ser pedra, disse ele.
Quero me fixar em algum lugar e ganhar uma paisagem permanente.
Quero poder cortar o vento e deixar crescer perto de mim as flores.
E assim foi, e assim aconteceu.
E o vento virou pedra, e se fixando no alto do monte, ganhou uma paisagem.
O tempo foi passando, as flores crescendo e morrendo ao seu redor,
e a mesma paisagem.
Outros ventos vieram e se foram.
E ele descobriu que sua natureza ainda era ser vento.
E que "correr o mundo", para ele, era mais importante
do que simplesmente admirá-lo do alto de uma montanha.
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quinta-feira, 21 de abril de 2011
Ponto Final
Ela se aborreceu e decidiu por um ponto final.
Eu gosto de pontos finais. São melhores que reticências.
Reticências permitem frases incompletas, permitem espera, geram dúvida e angústia.
Pontos finais, não. Eles são claros, mesmo que a frase não o seja.
Ponto final serve até para frase sem sentido, sem motivo.
Eu gosto de pontos finais.
Depois deles você constrói um novo parágrafo, e começa um novo assunto,
deixando tudo que é velho para trás.
Eu gosto de pontos finais. São melhores que reticências.
Reticências permitem frases incompletas, permitem espera, geram dúvida e angústia.
Pontos finais, não. Eles são claros, mesmo que a frase não o seja.
Ponto final serve até para frase sem sentido, sem motivo.
Eu gosto de pontos finais.
Depois deles você constrói um novo parágrafo, e começa um novo assunto,
deixando tudo que é velho para trás.
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quarta-feira, 20 de abril de 2011
A verdade, nada mais que a verdade
Francamente?
Não gosto de francamente.
Primeiro porque já sugere que você mente o tempo todo.
Aí você diz: - Quer saber francamente? Pronto! Tava falando mentira.
Sabe aquela conduta "diplomática que sua mãe lhe ensinou?
Aquelas regras prá se viver em sociedade?
Pois é, o tal do "francamente" acaba com todas elas.
Você ali, numa recepção, jogando conversa fora, quando alguém fala do seu desafeto.
Você segura as pontas, lembra da sua mãe, e se mantém firme na diplomacia,
até que lhe contam o que esse desafeto anda dizendo.
Você respira fundo e diz: - Francamente?....
Lá se foram todas as regras de convivência "prô béléléu".... e com razão!!!
Eu posso até não saber o que estou dizendo, e isso não é dizer mentira.
Mas está longe de ser aceito pelo "francamente".
Quando falo, falo com toda a verdade que me é possível empregar.
Mas se alguém me pede que diga francamente, fico na dúvida se minha verdade conseguirá superar tamanha expectativa.
Quem pede que se diga francamente já promete duvidar.
Basta você dizer algo para que a dúvida seja evocada: Será?
Então não digo.
Ponho sentido na linguagem e cuido de me esconder nas mazelas do português.
Adoto as gírias, entende?
Assim, como, por exemplo, sei lá....
Talvez seja isso mesmo, ou não!!
Não posso afirmar, mas, quer saber?
Francamente, hem?!?!?!
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terça-feira, 19 de abril de 2011
Sei tão pouco sobre o mar
Sei tão pouco sobre o mar
Nasci nas montanhas.
O muito que via
eram montes sem fim.
Talvez fossse outro
se tivesse o mar por vizinho.
Talvez mais poeta, sonhador.
Talvez mais cético, contestador.
O mar é meu desconhecido.
É algo prá além das montanhas.
Misterioso e distante.
Calmo e traiçoeiro.
O mar me dá medo e sossego. É feitiço. Se move ao sabor da lua.
Eu quieto, ele balança. Coisa doida.
Não, eu sou mesmo das montanhas.
Montanhas me aguçam o ser,
me fazem sonhar sobre o que vem depois e depois.
Montanhas me atiçam,
o mar me descansa.
Montanhas é que me fazem ir e vir.
Eu?
Eu sou o mar das montanhas.
.
Nasci nas montanhas.
O muito que via
eram montes sem fim.
Talvez fossse outro
se tivesse o mar por vizinho.
Talvez mais poeta, sonhador.
Talvez mais cético, contestador.
O mar é meu desconhecido.
É algo prá além das montanhas.
Misterioso e distante.
Calmo e traiçoeiro.
O mar me dá medo e sossego. É feitiço. Se move ao sabor da lua.
Eu quieto, ele balança. Coisa doida.
Não, eu sou mesmo das montanhas.
Montanhas me aguçam o ser,
me fazem sonhar sobre o que vem depois e depois.
Montanhas me atiçam,
o mar me descansa.
Montanhas é que me fazem ir e vir.
Eu?
Eu sou o mar das montanhas.
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segunda-feira, 18 de abril de 2011
Ciclo
Olá!
Deixa eu saber de você?
Viver a vida, a sua vida, a nossa vida.
Entender o amor, o seu amor, o nosso amor.
Deixar a vida, a nossa vida, a sua vida, a minha vida.
Adeus!
Deixa eu saber de você?
Viver a vida, a sua vida, a nossa vida.
Entender o amor, o seu amor, o nosso amor.
Deixar a vida, a nossa vida, a sua vida, a minha vida.
Adeus!
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Hoje eu não vivi
"A cidade acordou antes de mim,
Me serviu buzinaços na cama
E caminhões despejando cimento.
Comi pão dormido
e o café estava frio.
Vesti a camiseta do lado errado,
e não tive tempo de passear com o cachorro.
Cheguei atrasada no trabalho
E trabalhei com sono até à noite,
quando então voltei sozinha.
Subi pela escada
e assim que entrei em casa,
dormi.
Hoje eu não vivi."
Do livro “Cartas Extraviadas e outros poemas”.
MARTHA MEDEIROS
Me serviu buzinaços na cama
E caminhões despejando cimento.
Comi pão dormido
e o café estava frio.
Vesti a camiseta do lado errado,
e não tive tempo de passear com o cachorro.
Cheguei atrasada no trabalho
E trabalhei com sono até à noite,
quando então voltei sozinha.
Subi pela escada
e assim que entrei em casa,
dormi.
Hoje eu não vivi."
Do livro “Cartas Extraviadas e outros poemas”.
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domingo, 3 de abril de 2011
Anônimos
Eu não sei quem é você.
Pode ser aquela atendente da loja de jeans.
Ou talvez o vendedor da Livraria, não sei.
Talvez tenhamos gosto pela mesma música,
talvez tenhamos nos cruzado no Show do Milton.
Tinha alguém me tampando a visão do palco.
Talvez fosse você, se tiver mais que um metro e oitenta.
Quem sabe nos cruzamos na porta de um restaurante,
eu entrando e você saíndo, ou vice-versa.
Não sei qual de nós almoça mais cedo.
Talvez aquele perfume que senti,
aquele rosto no meio do engarrafamento,
ou na fila do supermercado.
Pode ter sido muito disso, ou quase nada.
Podemos quase nos ter conhecido.
Vizinhos, sócios, amigos, amantes, sei lá!
Somos iguais à maioria dos que cruzam por nós.
Somos o revés do destino, o erro no mapa, a firmeza do acaso.
Somos a prova mais viva da fragilidade de nossa raça.
Anônimos.
.
Pode ser aquela atendente da loja de jeans.
Ou talvez o vendedor da Livraria, não sei.
Talvez tenhamos gosto pela mesma música,
talvez tenhamos nos cruzado no Show do Milton.
Tinha alguém me tampando a visão do palco.
Talvez fosse você, se tiver mais que um metro e oitenta.
Quem sabe nos cruzamos na porta de um restaurante,
eu entrando e você saíndo, ou vice-versa.
Não sei qual de nós almoça mais cedo.
Talvez aquele perfume que senti,
aquele rosto no meio do engarrafamento,
ou na fila do supermercado.
Pode ter sido muito disso, ou quase nada.
Podemos quase nos ter conhecido.
Vizinhos, sócios, amigos, amantes, sei lá!
Somos iguais à maioria dos que cruzam por nós.
Somos o revés do destino, o erro no mapa, a firmeza do acaso.
Somos a prova mais viva da fragilidade de nossa raça.
Anônimos.
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sexta-feira, 1 de abril de 2011
Inviabilidades
A gente vai vivendo, e deixa de perceber, por querer ou não, uma série de inviabilidades.
A gente não se dá conta de que elas estão alí, à espreita, se instalando, devagarinho.
A gente não se dá conta de que elas estão alí, à espreita, se instalando, devagarinho.
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quinta-feira, 31 de março de 2011
Confidências
Vai, me conta. Pode me contar.
Qual seu medo, vergonha, segredo?
O que te tira do ar?
O que te faz enrubescer, virar as costas, ter calafrios?
Vai, me conta. Deixa eu saber.
O que descobriu que é maior que você?
Medo a gente ganha sem nem perceber.
Quando vê, está com medo. Medo até de viver.
Mas medo a gente vence, basta reconhecer.
Vergonha se nasce com ela, e a vida vai desfazer.
Mas tem atos que se comete que nem dá pr'arrepender.
Fica a vergonha, danada, prá gente nunca esquecer.
Vai, me conta, deixa eu saber.
Qual é mesmo o segredo
Que você quer esconder?
Vai, me conta, deixa eu saber.
Só assim, na confidência,
saberei que conheço você.
Qual seu medo, vergonha, segredo?
O que te tira do ar?
O que te faz enrubescer, virar as costas, ter calafrios?
Vai, me conta. Deixa eu saber.
O que descobriu que é maior que você?
Medo a gente ganha sem nem perceber.
Quando vê, está com medo. Medo até de viver.
Mas medo a gente vence, basta reconhecer.
Vergonha se nasce com ela, e a vida vai desfazer.
Mas tem atos que se comete que nem dá pr'arrepender.
Fica a vergonha, danada, prá gente nunca esquecer.
Vai, me conta, deixa eu saber.
Qual é mesmo o segredo
Que você quer esconder?
Vai, me conta, deixa eu saber.
Só assim, na confidência,
saberei que conheço você.
terça-feira, 29 de março de 2011
Daquilo que eu sei
Não me chama de amigo porque não gosto.
Não gosto porque não somos amigos.
Não somos amigos porque amigos compartilham momentos.
Porque amizade se faz com interesses comuns.
Não me dê notícias de você, porque não me interesso.
Notícias não permitem que se discorde ou se concorde com elas.
Notícias são fatos, sem juízo de valor, sem opinião.
Notícias não trazem amor.
Não me convide para nada porque não quero ser convidado.
Convidados são pessoas que você reconhece em momentos especiais.
Convidados são aqueles com quem você partilha parte da sua vida.
Saiba que te amo antes mesmo de você nascer.
Não compartilho momentos para compartilhar a vida, por completo.
Não tenho interesses comuns. Tudo sou eu e você.
Nâo quero notícias, que são frias e sem personalidade.
Quero sua opinião, sua discórdia, sua anuência.
Quero você se posicionando, lutando pelo que acredita e quer viver.
Não quero momentos especiais nem partes da sua vida. Quero ela toda, inteira.
Quero ter livre acesso para não ter que ser convidado jamais.
Não me chame de amigo porque não gosto.
Me chame de pai.
.
Não gosto porque não somos amigos.
Não somos amigos porque amigos compartilham momentos.
Porque amizade se faz com interesses comuns.
Não me dê notícias de você, porque não me interesso.
Notícias não permitem que se discorde ou se concorde com elas.
Notícias são fatos, sem juízo de valor, sem opinião.
Notícias não trazem amor.
Não me convide para nada porque não quero ser convidado.
Convidados são pessoas que você reconhece em momentos especiais.
Convidados são aqueles com quem você partilha parte da sua vida.
Saiba que te amo antes mesmo de você nascer.
Não compartilho momentos para compartilhar a vida, por completo.
Não tenho interesses comuns. Tudo sou eu e você.
Nâo quero notícias, que são frias e sem personalidade.
Quero sua opinião, sua discórdia, sua anuência.
Quero você se posicionando, lutando pelo que acredita e quer viver.
Não quero momentos especiais nem partes da sua vida. Quero ela toda, inteira.
Quero ter livre acesso para não ter que ser convidado jamais.
Não me chame de amigo porque não gosto.
Me chame de pai.
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sábado, 12 de março de 2011
Por quem os sinos dobram
Tem pessoas que acreditam estar aproveitando o mundo ao máximo quando, olhando para o umbigo, buscam a felicidade.
Talvez até elas saibam o que é certo e qual a verdade mas, ou não acreditam, ou não se contentam com ela.
Querem viver ao máximo, no limite, aproveitando o que há de bom em cada um, em cada momento, em cada esquina. E daí vivem uma vida de retalhos. Retalhos que refletem como é moldada sua personalidade, seus valores, seus credos.
"Será que o amor que recebo é realmente meu?"
Poucas pessoas se questionam assim, porque para muitas isso não importa. Importa que tem cheiro de amor, tem cor de amor, tem forma de amor. Se não é amor, não tem problema.
E é bem assim: quero respeito, exijo respeito, exigo minha liberdade, exigo minha condição de humano. Exijo porque, por meu intermédio, ela não acontece. Não valorizo quem sou nem o que vivo.
Então, fico a exigir que você me dê o que eu não mereço.
Sabe por quem os sinos dobram????? Eles dobram por você.
Talvez até elas saibam o que é certo e qual a verdade mas, ou não acreditam, ou não se contentam com ela.
Querem viver ao máximo, no limite, aproveitando o que há de bom em cada um, em cada momento, em cada esquina. E daí vivem uma vida de retalhos. Retalhos que refletem como é moldada sua personalidade, seus valores, seus credos.
"Será que o amor que recebo é realmente meu?"
Poucas pessoas se questionam assim, porque para muitas isso não importa. Importa que tem cheiro de amor, tem cor de amor, tem forma de amor. Se não é amor, não tem problema.
E é bem assim: quero respeito, exijo respeito, exigo minha liberdade, exigo minha condição de humano. Exijo porque, por meu intermédio, ela não acontece. Não valorizo quem sou nem o que vivo.
Então, fico a exigir que você me dê o que eu não mereço.
Sabe por quem os sinos dobram????? Eles dobram por você.
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Lições para a Vida 5
Nunca deposite suas esperanças
em promessas que nunca foram feitas,
porque, até mesmo as já feitas,
com o tempo, se desfazem.
em promessas que nunca foram feitas,
porque, até mesmo as já feitas,
com o tempo, se desfazem.
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domingo, 13 de fevereiro de 2011
Para Sempre
Eu me fui,
Ela se foi
Nada dissemos um ao outro,
pelo menos em palavras.
Ela sabia, eu sabia.
Nos olhávamos, e sabíamos.
Eu a deixei
Ela me deixou.
Hoje sou sem ela
E ela, sem eu.
Fomos muito
um para o outro.
Hoje somos
seres diferentes,
em destinos diferentes.
Cada um por si
na solidão que
criamos para nós dois.
Ela se foi
Nada dissemos um ao outro,
pelo menos em palavras.
Ela sabia, eu sabia.
Nos olhávamos, e sabíamos.
Eu a deixei
Ela me deixou.
Hoje sou sem ela
E ela, sem eu.
Fomos muito
um para o outro.
Hoje somos
seres diferentes,
em destinos diferentes.
Cada um por si
na solidão que
criamos para nós dois.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Revisto e melhorado
De onde eu venho não tem luz, mas também não é trevas.
De onde eu venho não tem terra, nem mesmo mar.
Venho do silêncio e conforto.
Venho do amor e da paciência.
Venho da esperança e da promessa.
Trago sonhos e compromissos.
Venho do ventre de minha mãe,
e da certeza de meu pai.
Não vim prá ficar, volto logo.
Volto para a mãe Terra.
Volto maior do que vim,
porque volto com os sonhos realizados.
Volto maior do que vim,
porque volto com a sensação do amor vivido.
Volto maior do que vim,
porque volto com a lembrança de todos
pelos quais me apaixonei.
Sou filho da mãe Terra,
não vim para ficar.
Volto morrido,
para onde é meu lugar.
De onde eu venho não tem terra, nem mesmo mar.
Venho do silêncio e conforto.
Venho do amor e da paciência.
Venho da esperança e da promessa.
Trago sonhos e compromissos.
Venho do ventre de minha mãe,
e da certeza de meu pai.
Não vim prá ficar, volto logo.
Volto para a mãe Terra.
Volto maior do que vim,
porque volto com os sonhos realizados.
Volto maior do que vim,
porque volto com a sensação do amor vivido.
Volto maior do que vim,
porque volto com a lembrança de todos
pelos quais me apaixonei.
Sou filho da mãe Terra,
não vim para ficar.
Volto morrido,
para onde é meu lugar.
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Desassossego
"Sou daquelas almas que as mulheres dizem que amam,
e nunca reconhecem quando encontram. Daquelas que,
se elas as reconhecessem, mesmo assim não as reconheceriam.
Sofro a delicadeza dos meus sentimentos com uma atenção desdenhosa.
Tenho todas as qualidades pelas quais são admirados os poetas românticos.
Mesmo aquela falta dessas qualidades, pela qual se é realmente poeta romântico.
Encontro-me descrito (em parte) em vários romances como protagonista de vários enredos;
mas o essencial da minha vida, como da minha alma, é não ser nunca protagonista."
Fernando Pessoa - O Livro do Desassossego
e nunca reconhecem quando encontram. Daquelas que,
se elas as reconhecessem, mesmo assim não as reconheceriam.
Sofro a delicadeza dos meus sentimentos com uma atenção desdenhosa.
Tenho todas as qualidades pelas quais são admirados os poetas românticos.
Mesmo aquela falta dessas qualidades, pela qual se é realmente poeta romântico.
Encontro-me descrito (em parte) em vários romances como protagonista de vários enredos;
mas o essencial da minha vida, como da minha alma, é não ser nunca protagonista."
Fernando Pessoa - O Livro do Desassossego
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sábado, 5 de fevereiro de 2011
O Retrato de Dorian Gray
Já escrevo nesse Blog há muito tempo.
Escrevo de tudo. Textos que eu gosto, textos que escrevo.
Todos são meus, de uma maneira ou de outra, todos são eu.
Para me expor assim, tenho algumas salvaguardas.
Nem sempre a data coincide com o fato.
Escrevo e agendo, para o futuro ou para o passado,
não deixando que o texto se encontre com o fato.
Assim preservo os envolvidos, e a mim também.
De há muito escrevo nesse Blog, e ele sou eu.
Talvez um eu contido, protegido, disfarçado.
Mas um eu verdadeiro.
Na verdade, ele é muito mais eu,
do que o meu eu pode expressar.
Escrevo de tudo. Textos que eu gosto, textos que escrevo.
Todos são meus, de uma maneira ou de outra, todos são eu.
Para me expor assim, tenho algumas salvaguardas.
Nem sempre a data coincide com o fato.
Escrevo e agendo, para o futuro ou para o passado,
não deixando que o texto se encontre com o fato.
Assim preservo os envolvidos, e a mim também.
De há muito escrevo nesse Blog, e ele sou eu.
Talvez um eu contido, protegido, disfarçado.
Mas um eu verdadeiro.
Na verdade, ele é muito mais eu,
do que o meu eu pode expressar.
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
É a vida
Tem gente que pensa diferente.
Tem gente que acha o contrário.
Viver é isso!
Tem gente que acha o contrário.
Viver é isso!
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Que assim seja
Porque minha vida é única, e é minha.
E se eu tiver que cometer um erro,
que seja um erro que eu mesmo escolhi.
E se eu tiver que cometer um erro,
que seja um erro que eu mesmo escolhi.
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Sofreguidão
"Há muito tempo que não existo. Estou sossegadíssimo.
Ninguém me distingue de que sou.
Senti-me agora respirar como se houvesse praticado uma coisa nova, ou atrasada.
Começo a ter consciência de ter consciência.
Talvez amanhã desperte para mim mesmo,
e reate o curso da minha existência própria."
Fernando Pessoa - O Livro do Desassossego.
Ninguém me distingue de que sou.
Senti-me agora respirar como se houvesse praticado uma coisa nova, ou atrasada.
Começo a ter consciência de ter consciência.
Talvez amanhã desperte para mim mesmo,
e reate o curso da minha existência própria."
Fernando Pessoa - O Livro do Desassossego.
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domingo, 30 de janeiro de 2011
De onde eu venho 2
"Não quero ter a terrível limitação
de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: Quero uma verdade inventada."
Clarice Lispector
de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: Quero uma verdade inventada."
Clarice Lispector
sábado, 29 de janeiro de 2011
De onde eu venho
"Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas,
nem de grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite."
Clarice Lispector
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas,
nem de grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite."
Clarice Lispector
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Não é que é mesmo
"Possivelmente, nunca parecemos tão à vontade como quando temos que representar um papel"
Oscar Wide - O Retrato de Dorian Gray - Página 143
Oscar Wide - O Retrato de Dorian Gray - Página 143
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Convicção
"As coisas de que temos certeza absoluta jamais são reais"
Oscar Wide - Lord Henry - O Retrato de Dorian Gray
Oscar Wide - Lord Henry - O Retrato de Dorian Gray
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domingo, 23 de janeiro de 2011
Aprendi com a vida
"Não trate como prioridade as pessoas que lhe tratam como opção"
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O Tempo e as Jabuticabas - Rubem Alves
"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo
para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ela chupou displicente. Mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles não admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem
prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana
com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando
em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:
'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos,
quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia,
quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos,
não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor
absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena."
Rubem Alves
para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ela chupou displicente. Mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles não admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem
prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana
com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando
em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:
'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos,
quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia,
quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos,
não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor
absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena."
Rubem Alves
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sábado, 22 de janeiro de 2011
Roda Viva. Viva Roda
Ela quer saber,
não de viva-voz,
não de olhos nos olhos,
mas ela quer saber,
quer que eu diga,
o que move meu coração.
Nada move meu coração.
Meu coração é que me move.
Então, moveu. Parti. Adeus.
não de viva-voz,
não de olhos nos olhos,
mas ela quer saber,
quer que eu diga,
o que move meu coração.
Nada move meu coração.
Meu coração é que me move.
Então, moveu. Parti. Adeus.
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Condenação
Agora estou trancado dentro de mim,
violando a paz íntima da qual deveria ser credor,
por conta de uma vida que não é a minha.
violando a paz íntima da qual deveria ser credor,
por conta de uma vida que não é a minha.
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Resignificar-se
Todos nós evoluímos.
Trocamos de pele como as cobras e as árvores.
As vezes a evolução provêm do tempo.
Crescemos, amadurecemos, evoluímos.
As vezes a evolução vem de momentos ou situações que vivemos.
Esta evolução é um rompimento, uma explosão.
A negação do eu antigo, do eu velho, para surgir o novo.
O processo de evoluir é o mesmo processo de resignificar-se.
Então não envelhecemos, apenas resignificamos.
Se crescemos em atitudes, maturidade e espiritualidade
estamos saindo do velho para o novo. Estamos rejuvenescendo.
Quando nos resignificamos, estamos mais leves, mais sutís.
Estamos mais próximos do Divino, do Sagrado.
Somos como que o Benjamin Button.
Talvez não com o corpo, mas seguramente, com a alma, com o espirito.
Trocamos de pele como as cobras e as árvores.
As vezes a evolução provêm do tempo.
Crescemos, amadurecemos, evoluímos.
As vezes a evolução vem de momentos ou situações que vivemos.
Esta evolução é um rompimento, uma explosão.
A negação do eu antigo, do eu velho, para surgir o novo.
O processo de evoluir é o mesmo processo de resignificar-se.
Então não envelhecemos, apenas resignificamos.
Se crescemos em atitudes, maturidade e espiritualidade
estamos saindo do velho para o novo. Estamos rejuvenescendo.
Quando nos resignificamos, estamos mais leves, mais sutís.
Estamos mais próximos do Divino, do Sagrado.
Somos como que o Benjamin Button.
Talvez não com o corpo, mas seguramente, com a alma, com o espirito.
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
Máximas de Napoleão - 2
" O que caracteriza a demência é a desproporção entre os propósitos e os meios"
Napoleão Bonaparte
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sábado, 15 de janeiro de 2011
Desespero
Me sinto vagamente errado, errante.
Fazendo coisas reais que não alteram em nada a realidade.
Sinto estar aqui e ali, mas, também, em nenhum lugar.
Tenho um Eu sem corpo ou endereço, sem destino ou aspiração.
Sou por ser, vivo por viver.
Morto não valho nada. Vivo, menos ainda.
Fazendo coisas reais que não alteram em nada a realidade.
Sinto estar aqui e ali, mas, também, em nenhum lugar.
Tenho um Eu sem corpo ou endereço, sem destino ou aspiração.
Sou por ser, vivo por viver.
Morto não valho nada. Vivo, menos ainda.
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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Máximas de Napoleão - 1
"Batemo-nos mais por nossos interesses que por nossos direitos"
Napoleão Bonaparte
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Quem somos
Somos o que fazemos.
O que pensamos se materializa ou não, segundo a nossa ética,
a nossa moral, a nossa coragem ou nosso medo.
O que fazemos, nos define.
O que pensamos se materializa ou não, segundo a nossa ética,
a nossa moral, a nossa coragem ou nosso medo.
O que fazemos, nos define.
domingo, 9 de janeiro de 2011
A Roda da Vida
Uma casa ficou para trás. Dentro dela, sonhos nasceram e morreram.
Uma casa ficou para trás. Nas cercanias, esperanças e afetos não conseguiram frutificar.
Uma casa ficou para trás. Longe dela, sonhos e esperanças. Os mesmos sonhos, as mesmas esperanças, novos personagens.
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