domingo, 8 de março de 2009

Escravo da Liberdade

Acordo todo dia sem compromissos a realizar.
Dias comprometidos? Já os tive de montão.

Ao acordar decido o que fazer, sem atropelos.
Posso repetir uma atividade, como fazer um pedal pela manhã, ou nadar no horário do almoço.
Ou posso fazer qualquer outra coisa. Sou livre.

E essa liberdade eu a tenho todos os dias. Para o resto de minha vida.
As pessoas me invejam. As que trabalham e têm compromissos assumidos, me invejam.
Queriam ter dias assim. Mas só os conseguem nas férias, por poucos dias.

Posso fazer o que eu quiser. E o que mais me tem ocupado a mente é achar coisas para fazer.
Tudo o que penso fazer, faço. Minha liberdade é total.
Tão intensa, tão liberdade, que não sei o que fazer dela.

Lí que ser escravo é não ter opções, é ser subjulgado, ser cativo.
Eu tenho muitas opções, e não sou, pelo menos formalmente, subjulgado.

Li que liberdade é poder fazer o que se quer, na hora que se quer, da maneira que se quer.
Isso eu posso. Então sou livre.

Mas eu queria não ter tantas opções, tantas alternativas.
Eu queria ter variações nos meus dias. Compromissos aqui, descanso alí.
Ao invés, tudo é igual. Nenhum dia, para mim, é domingo. Todos os são.

Sei o que é liberdade, sei o que é escravidão.
Mas nunca me imaginei, um dia, sendo escravo dessa tal de liberdade.


(prá você, que me pediu para explicar os dois conceitos)

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