sábado, 7 de março de 2009

Como era Verde aquele Azul

Todos nós temos uma forma de ver o mundo. A nossa forma.
Todos nós temos princípios e valores. Alguns mais, outros menos. Mas todos os temos.

Olhamos o mundo com nossas lentes. Reagimos ao que vemos, e daí seremos felizes ou não.
Teremos arrependimentos ou saudades.

Quando confiamos em alguém é como se delegássemos a esse alguém nossa visão de mundo.
Quando acreditamos em alguém é porque queremos ver o que ela vê, e nos sentimos seguros e felizes com o que ela nos reporta.

E quando o que ela vê é diferente do que ela conta que vê?
E quando descobrimos que recebemos informação truncada, diferente das paisagens que correm nos olhos dela.
Sentimo-nos traídos, desconfiados, inseguros.

A primeira coisa que ocorre é passarmos a duvidar de tudo o que ela diz.
Se diz: - Vi um pássaro, queremos confirmar se é um pássaro mesmo. Pode ser um carro, um trem, ou mesmo pode não ter nada a ser visto. Não sabemos, porque perdemos a confiança.
Pode ser aquilo que ela diz, ou pode ser mais um trilhão de outras possibilidades, vai saber.

A confiança é algo tão importante, mas tão importante, que deveria estar na frente do amor como sentimento. Só não está, porque o amor é um coletivo de sentimentos, e a confiança faz parte dele.
Sem confiança, o amor derrete, apodrece, se acaba.

Acho que ninguém me falou nada a esse respeito durante toda a minha vida.
Se me disseram, talvez eu fosse imaturo demais para perceber.
Ou romântico demais, imaginando que o amor vence tudo, que o amor se basta, que o amor supera.

Não é verdade. Antes de o amor chegar, quem chega é a confiança.
E quando a confiança vai embora, tenha certeza, o amor já está de malas prontas.

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