quarta-feira, 20 de abril de 2011

A verdade, nada mais que a verdade

Francamente? Não gosto de francamente. Primeiro porque já sugere que você mente o tempo todo. Aí você diz: - Quer saber francamente? Pronto! Tava falando mentira. Sabe aquela conduta "diplomática que sua mãe lhe ensinou? Aquelas regras prá se viver em sociedade? Pois é, o tal do "francamente" acaba com todas elas. Você ali, numa recepção, jogando conversa fora, quando alguém fala do seu desafeto. Você segura as pontas, lembra da sua mãe, e se mantém firme na diplomacia, até que lhe contam o que esse desafeto anda dizendo. Você respira fundo e diz: - Francamente?.... Lá se foram todas as regras de convivência "prô béléléu".... e com razão!!! Eu posso até não saber o que estou dizendo, e isso não é dizer mentira. Mas está longe de ser aceito pelo "francamente". Quando falo, falo com toda a verdade que me é possível empregar. Mas se alguém me pede que diga francamente, fico na dúvida se minha verdade conseguirá superar tamanha expectativa. Quem pede que se diga francamente já promete duvidar. Basta você dizer algo para que a dúvida seja evocada: Será? Então não digo. Ponho sentido na linguagem e cuido de me esconder nas mazelas do português. Adoto as gírias, entende? Assim, como, por exemplo, sei lá.... Talvez seja isso mesmo, ou não!! Não posso afirmar, mas, quer saber? Francamente, hem?!?!?!

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