Pelos seus pequenos descuidos vejo a sua vida.
Não é uma janela aberta, apenas uma fresta.
Pequenos deslizes que deixam entrar narrativas e paisagens.
Talvez tenha sido descuido, talvez tenha sido para eu ver.
São pequenas frestas, nada grande ou informativo.
São pequenas informações, como calcanhares de donzelas,
que nos fazem imaginar todo o resto. E assim ouso fazer.
Imagino as duas filhas, o final de semana no parque, a ida para a escola, a luta para criar e educar.
Não é um papel que eu imaginaria para você.
Não que você não tivesse ternura para tanto. Sei que tem.
É que seu barco nunca se dirigiu para esse porto. Sei lá....
É apenas uma percepção a partir de uma pequena fresta,
de um descuido.
Talvez de um aviso do tipo "Viu? Eu sou assim".
Mas segue a vida, e eu continuo atento aos descuidos.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
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