Tudo bem, eu sei, não é fácil atravessar uma ponte de cordas.
Você não pode controlar a instabilidade que vem do balanço das cordas, nem querer que ele pare.
É inerente às conexões ligarem elementos diferentes. Se fossem iguais, não haveria necessidade de conexão, não é mesmo?
Existem conexões fáceis, feitas por pontes metálicas ou de concreto. Outras, não tão fáceis - e com o risco de não serem tão duradouras - são feitas por pontes de madeira, que requerem uma manutenção de tempos em tempos. E existem as pontes de corda.
Ah! As pontes de corda. Instáveis, arriscadas, muitas das vezes ligando dois mundos muito diferentes. Você não pode querer controlar a ponte. Você precisa se adaptar à ela. E ir caminhando, um passo de cada vez, ora parando, ora andando mais rápido. Tudo dependendo do balanço da ponte.
É preciso ser sábio para se atravessar uma ponte de cordas. Quem consegue, consegue. Ótimo. Quem não consegue, fica do lado de cá, olhando a paisagem.
Mas ninguém, ninguém, pode ficar por tempo indefinido no meio da ponte, achando que está unido aos dois mundos. Ou que está convivendo com eles. Não está. A verdade é que está, apenas, preso numa ponte de cordas, longe dos dois lados.
Se você não sabe atravessar uma ponte de cordas precisa escolher em qual mundo vai ficar.
A ponte de cordas não é um objetivo em si mesma. Ela é apenas a motivação para lhe trazer a coragem, a confiança e a disposição que você precisa para conviver nos dois mundos.
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