sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Toda forma de amor vale a pena

Que frase maluca.
Eu, de certa forma, tenho medo de expressões totalitárias. Dessas que começam com "Todas" ou, "Nenhuma".
Generalizou, tenho medo.

Mas, e quanto ao amor?
Será que toda forma de amor vale a pena??

A primeira questão é exatamente a do conceito do amor.
Prá mim, amor é conteúdo, sentimento, emoção.
Sendo conteúdo, o amor é a expressão da completude, da felicidade de duas pessoas. Sejam elas pais, filhos, amigos, amigas, homens ou mulheres.

O amor não se expressa pela forma. A forma é o veículo, o transporte, o envoltório.
O amor pode nascer na forma de uma relação entre pais e filhos, entre homens, mulheres e, também, entre homens e mulheres.
Por que somente os heteros se amam? O que lhes outorga tamanho direito ou condição?

Na verdade a relação de amor é entre seres humanos.
Independe de raça, credo, gênero, condição, IDADE ou cor.
Tentam vincular determinadas práticas à promiscuidade. O que é isso, gente?
Entendam que, entre quatro paredes, entre duas pessoas ADULTAS, com o consentimento de ambas, tudo é permitido.
O mundo já não comporta esse tipo de prática discriminatória. O mundo pede por coerência, maturidade, responsabilidade, igualdade e compaixão.

Amor algum é obsceno.
Obsceno é explorar o outro, fingir gostar, trair, iludir, "desalmar".
Obsceno é posar de liberal e esclarecido(a), fazendo distinção no conceito, quando ele se refere aos outros ou a alguém próximo(ou da família).
Obsceno é não ter caráter, não ter postura, não ter maturidade para tratar um tema desses com a amplitude que o conceito exige.

Deixar que a forma se imponha ao conteúdo é subverter a ordem natural.
Nunca ví ninguém produzir um sapato para caber numa caixa de fósforo. Ou o inverso, produzir fósforos para caber numa caixa de sapatos.

Amor é conteúdo e, em existindo, toda forma de amor que leve a esse conteúdo vale a pena.
Não é obsceno.
Obsceno mesmo, é não amar.

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