quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Não olhe prá trás...

Antes falamos de escolhas. Agora vamos falar de Olhar para trás.


Saiba que não olhar para trás não é ensinado ou, se é, vem como conselho.
E conselho é uma coisa esquisita. Prestamos atenção, mas não ouvimos.
Ouvimos, mas não praticamos.

Olhamos para trás porque sempre temos dúvidas ao decidir, e queremos acompanhar a alternativa desprezada para que ela, e não nós, afirme que escolhemos a opção correta.

Anota aí:
Nas escolhas, NUNCA devemos olhar para a alternativa desprezada.
Se não foi a que escolhemos, ela não existe mais.
Olhar para ela é nos amarrarmos ao sofrimento, ao arrependimento, à dor do que poderia ter sido, mas não foi.

Ao invés de apostarmos todas as nossas fichas na alternativa que escolhemos e FAZER dar certo, ficamos esperando que a opção desprezada julgue nossa decisão.

E vamos fazendo isso até que a dor
- que sempre acompanha essa situação - nos ensina que é melhor não olhar para o que ficou para trás.
Lembra da mulher de Ló ? Ló, sobrinho de Abraão, ganhou a oportunidade de sair com a família da cidade de Sodoma, que seria destruida por fogo e enxofre (Credo!).
E a mulher dele acreditou? Nada. Foi olhar para trás para conferir se a opção que Deus indicou era a mais certa. Pode???? Virou Estátua de Sal. Bem feito.

Que sorte a nossa, que sofremos um pouco, ganhamos algumas rugas, mas ficamos livres de virar tempero.


Decidir tanto é mais doloroso quanto maior for a importância da decisão. Em alguns momentos, as mudanças que nos chegam são tão estruturais, que mexem com nossas verdades. Quer alguns exemplos: Trocar de emprego, mudar de cidade, de país.
Isso tudo é muito difícil de decidir. Mas, decidindo, precisamos olhar para a opção escolhida, sempre.

E tem coisa pior que promover mudanças estruturais? Tem. Pode apostar que tem.
É voltar atrás numa decisão que, pensamos, era a mais acertada e correta.
Devemos rever uma decisão quando não estamos sendo felizes, ou ela não está nos trazendo paz, ou não está nos levando para uma condição melhor que a anterior.
Precisamos nos perdoar, ou perdoar alguém. Precisamos reconstruir caminhos, remexer sentimentos, voltar a acreditar.

O exercício do perdão é, certamente, uma das últimas lições da vida. O verdadeiro perdão é algo dificílimo de aprender.
Talvez seja por isso que tememos as escolhas, ficamos em relacionamentos que não dão certo, em empregos que nos oprimem.
Não é o medo de decidir. É o medo do perdão. Se errarmos, seremos perdoados?

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