Muito se fala da
necessidade de vencermos na vida, de estarmos na
frente de combate, de lutarmos por uma causa.
De não sermos
omissos e nos posicionarmos firmemente.
Incrível isso, não é mesmo? Também acho incrível.
Mas tem uma
outra arte a ser compreendida e valorada.
A Arte de Servir
e a Arte de Ser Convidado.
Da Arte de
Servir já falaram muitos. O tema é base de fé de muitas religiões.
Mas, e da Arte
de Ser Convidado, hem? Quanto já ouvimos falar?
Primeiro é
preciso entender. O que se quer dizer por “Ser Convidado”?
Esclarecendo, não
tem nada a ver com “como conseguir ser chamado para algo”.
Ser Convidado é
estar em algum lugar sem o direito de impor critérios ou parâmetros.
É Estar sem Ser.
É saber conviver com o “status quo” ou mesmo dele fazer proveito sem estar nele
de fato.
Quer um dito
popular? “Sapo de fora não chia”.
Pronto, está
explicado o termo. Mas qual a Arte em “Ser Convidado”?
Saber entender
valores e saber se portar segundo eles.
Se você está ali
e PRECISA estar ali, entenda sua necessidade e saiba se portar segundo ela. Vai
reclamar de quê? Vai questionar o quê?
Entenda que você
PRECISA estar ali. Você é PASSIVO na relação e já está bom demais PERMITIREM
que ali você esteja.
ORGULHO?
VAIDADE? VALORES? Esquece isso. Sua NECESSIDADE é maior que tudo isso.
FIQUE ALI E
PRONTO.
Mas “Ser
Convidado” ou se portar como tal não é algo singular. Algo de uma única faceta.
(Eu disse que o tema era uma Arte e, por isso, complexa).
Você pode estar
alí por VONTADE, por QUERÊNCIA.
Algum valor o
colocou ali e ali você permanecerá, até que esse valor se dissolva, se acabe.
Você não está
ali porque CONQUISTOU O DIREITO DE ESTAR ALI. Isso não existe em algumas
situações.
É fácil, como JÚLIO
CÉSAR, dizer: VIM, VI, VENCI, em se tratando de uma batalha tal como Zela.
Mas isso não é
SER CONVIDADO. Pode ser uma Arte, mas sem sutilezas. Uma Arte da Guerra, na
verdade.
A ARTE DE SER
CONVIDADO é estar em sintonia consigo e
com seus valores. Deixar que as coisas aconteçam sem interferir no modo como
elas acontecem.
Sem se importar?
Claro que não.
Mas sem se impor. Estar alí até que o dia termine, até que a noite aconteça, até que tudo se acabe, até que nada mais floresça.
Estar ali até que o valor de estar ali se perca.
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