terça-feira, 30 de junho de 2009

Como deve ser

"...Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."

O Guardador de Rebanhos - Poema Segundo - Fernando Pessoa

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Onde nasce a poesia

"Amo-te tanto, e nunca te beijei.
E nesse beijo, amor, que não te dei,
guardo os versos mais lindos que te fiz"

Os versos que te fiz - Florbela Spanca

domingo, 28 de junho de 2009

Durante

E no meio da poesia,
os meus olhos cruzaram com os seus.
A sua boca pediu a minha
e a minha boca, nos seus lábios, emudeceu.

sábado, 27 de junho de 2009

"Ducineia"

Uma música
Um vinho
O frio.
Tudo a favor!
E você,
Que completaria tudo isso,
Longe de mim.

Amor Maduro 2

"O amor maduro é a valorização do melhor do outro.
É a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois.
Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.

O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão.
Basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito.
Está relacionado com a vida e por isso mesmo é incompleto.
Pleno em cada ninharia, por ele transformada em paraíso.
É feito de compreensão, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança.

É o sol de outono: nítido, mas doce.

Luminoso, sem ofuscar.
Suave, mas definido.
Discreto, mas certo."

Artur da Távola

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Amor Maduro


"O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão.
É mais definido colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações: Presenteia com a verdade do sentimento.

Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes..."

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ilusões

Ilusões. Não sofra por ilusões.

Sou onde estou.

Se estou aqui, sou aqui.
Se quisesse ser lá, lá estaria.

O que era dela ela levou.
Não me levou porque não sou dela.

Sou meu, ou de quem eu achar que
valha a pena me doar.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A História das Religiões

A História das Religiões em 90 segundos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Desfeito

Se olhando nos meu olhos você não sabe onde estou,
onde estarei agora, longe do seu olhar?

Se recebendo o meu amor você não sabe quem sou,
quem serei agora, longe do seu gostar?

Se me doando a você, você não sabe o que quer,
o que será de nós, agora que não somos um?

Uma vida sem amor,
um amor sem propósito,
um propósito sem ação,
uma ação sem sentido.

domingo, 21 de junho de 2009

Choro Contido

Se puder, chore.
Sentiu? Chore.
Desencarne.

Se perca no choro,
mas não se perca de você.

Choro contido doi mais,
apodrece dentro de nós.

Choro contido nos humilha,
nos perde de nossos valores,
afogados em lágrimas submissas.

Choro contido é choro triste,
é choro escravizado, perdido.

Choro contido
é a emoção desfeita,
e a vida parada,
é a morte iminente.

sábado, 20 de junho de 2009

Definição Básica

Por que você vive?

Pelo que você vive?

Responder a essas duas perguntas
vai lhe tirar muitos aborrecimentos.

Faça suas escolhas
Eleja seus princípios.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Postura

O primeiro
e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo
é o silêncio em momentos críticos.

Experimente...

Falar é uma escolha, não uma exigência,
por mais que tentem nos mostrar o contrário.

Não responder em alguns momentos
pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Escolhas

A vida que vivemos é resultado de opções.

As vezes reclamamos das coisas,
mas não nos rebelamos a ponto de resolvê-las.
Ficamos reclamando e reclamando,
achando que a reclamação fará o que é ruim ir embora.

A maioria das coisas são boas e ruins ao mesmo tempo.
Reclamamos das coisas ruins mas não nos mexemos,
com receio de que a parte boa vá embora também.

Tem gente que gosta das baladas nas noites de sexta-feira,
tem gente que prefere o aconchego de um abraço,
um vinho, um filme, um olhar e tudo o mais que vem depois.

Às vezes as coisas acontecem sem que a gente escolha,
outras vezes, somos convidados a escolher.
Quando escolhemos, melhor não reclamar.
A isso se chama, "cuspir prá cima".
Quer dizer, vai acabar voltando sobre nós.

Precisamos é nos sentir bem,
estarmos conscientes de nossas escolhas.

Mais do que isso,
confiarmos em nossas escolhas.

Tudo sem medo,
porque nessa vida,
tem sempre um chinelo velho "prum" pé cansado.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A direção

Ainda não cheguei lá....
Mas estou quase....quase.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Consciência de mim

As vezes me culpam pelas minhas verdades.
Não tem problema.
Sabe, eu mesmo me culpo por elas, inúmeras vezes.
Mas continuo levando-as ao mundo.
Afinal, elas me fazem quem sou.

Todos nós somos templos de um eu divino.
E os tijolos dessa construção infinda não são senão nossas verdades,
nossos valores, nossos princípios.

Alguns de nós são sólidas catedrais.
Outros, mera taipa que não sobrevive ao vento.
Mas cada um de nós vive conforme seus princípios.
É o que justifica nosso viver.

A infelicidade não está em viver a sua vida.
Está em abandonar os meus princípios.

sábado, 13 de junho de 2009

Passagem das Horas

"Trago dentro do meu coração,
como num cofre que se não pode fechar de tão cheio,
todos os lugares onde estive,
todos os portos a que cheguei,
todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
ou de tombadilhos, sonhando.
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero".

Fernando Pessoa

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Provérbios

Chinês:
"A pessoa que ama os outros também será amada"

Árabe:
"O nosso inimigo não é aquele que nos odeia,
mas aquele a quem nós odiamos".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Leitor 2

Achei incompleto o post sobre "O Leitor".
Não esclareci, como deveria, o que me incomodava na mensagem do filme.
Aí lembrei-me do Sermão da Sexagésima, do Padre Antônio Vieira.
Um Sermão fantástico, onde o Clérigo nos ensina o método de se fazer um sermão.

No Sermão da Sexagésima ele questiona o motivo da pregação não estar surtindo efeito entre os cristãos.
"Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus."

E ele chega a conclusão de que a culpa é do pregador. E também culpada é a pregação.
"A pregação que frutifica, a pregação que aproveita, não é aquela que dá gosto ao ouvinte, é aquela que lhe dá pena. Quando o ouvinte, a cada palavra do pregador, treme; quando cada palavra do pregador é um torcedor para o coração do ouvinte; quando o ouvinte vai do sermão para casa confuso e atônito, sem saber parte de si, então é a pregação qual convém, então se pode esperar que faça fruto".

Estou me valendo do Padre Antônio Vieira para reforçar o que penso da mensagem do livro e do filme.
Eu não posso ir para casa satisfeito comigo mesmo, acreditando que meus valores são maiores do que os do personagem.
Melhor seria, para meu crescimento, se eu fosse para casa confuso, atônito, acreditando que preciso melhorar para que meus princípios se aproximem do modelo de ser humano do personagem.

A Sétima Arte, eu acredito, tem um compromisso com a evolução humana. Como arte, deve sempre buscar a lapidação do ser humano.
Quer na comédia ou no drama, a manipulação dos arquétipos deve objetivar um repensar do ser humano em busca do melhor de si.

domingo, 7 de junho de 2009

O Leitor

Fui ver "O Leitor".
O filme é fiel ao livro. E o livro é bem escrito.
Não gostei mesmo foi da mensagem que o filme nos traz.

O filme é muito bem feito e os atores, sensacionais.
Aliás, Kate Winslet é fenomenal. Merecia mesmo o Oscar.
Suas expressões, sua postura, realmente fantástica a sua atuação.

Mas, por que não gostei da mensagem?
O personagem Michael Berg destroi tudo com sua "mágoa intransponível".
E depois dela, passa a viver a vida de uma forma pequena,
achando que sua dor é a maior dor do mundo.
Ele não consegue superar os reveses e para no tempo, se fecha, morre para o mundo.

É como o sujeito do famoso poema de Drummond:
"No meio do caminho tinha uma pedra,
tinha uma pedra no meio do caminho".

O sujeito é tão babaca que não consegue superar isso,
não consegue curtir a caminhada, não consegue ver nada além do fato de que
tinha uma pedra no meio do caminho.

Quando a gente chega ao mundo, deve fazer por merecê-lo.
Se fechar ao menor contato com a dor é ser muito pequeno, muito egoísta.
Mas se você quer fazer, que o faça sem levar outros com você.

Acho que a mensagem (tanto do livro quanto do filme)
seria válida se apresentasse uma atitude dessas
para criticá-la, para criar um contraponto. Mas isso não acontece.
Essa mesma atitude foi difundida em "Quem quer ser um milionário" (clique aqui para ler o post).

A vida não é sempre boa. Coisas ruins acontecem com todas as pessoas.
Alguns nascem orfãos, outros perdem os pais bem cedo.
Amores chegam e se vão. Não somos donos de nada.

Mas, acredito, temos a missão de nos tornarmos melhores.
E ser melhor é fazer o correto, é agir de forma responsável.
E o personagem não o fez nas quatro oportunidades que teve:
- quando no tribunal, denunciando sua condição de analfabeta;
- quando na penitenciária, marcando a visita e não comparecendo;
- quando ela pede que ele escreva, e ele se limita às fitas;
- quando no refeitório, fugindo ao contato e sendo frio.

Ela, Hanna Schmitz, poderia se esconder por detrás de toda a sua pouca cultura e escolaridade.
Ele não. Tinha família, estudos e convivia socialmente.
Ele só precisava superar, e não o fez. Não conseguiu.

Bernhard Schlink é o autor do livro. É um dos ícones da atual literatura alemã.
Talvez seja o seu estilo, a sua forma de "chacoalhar" o mundo.
Eu preferiria sair de um filme de uma forma mais elevada, querendo ser melhor,
ao invés de já me sentir melhor, por ter princípios e valores maiores dos que me são apresentados no livro e no filme.

Bernhard Schlink também é autor de "O Outro", já transformado em filme.

O filme " O Leitor" é bom? Não sei lhe dizer.
Assista e me mande sua opinião.

sábado, 6 de junho de 2009

Mova-se

Se você ama e não se declara.
Se você sente mas não se expressa.
Se você sofre mas não se redime.
Se você perdoa mas não se esquece.
Se você sonha mas não realiza.
Se você pensa mas não põe em prática

Você está

a um passo de ser amado, mas não o será.
a um passo da maturidade, mas não crescerá.
a um passo da felicidade, mas não a terá.
a um passo da redenção, mas não conseguirá.
a um passo de ser por inteiro, mas se perderá.


Sentir é motivação para se fazer.
Faça, e crescerá como ser humano.


Se você ama, diga isso a quem ama.
Se você sente, diga o que sente a quem merece ouvir.
Se você sofre, diga porque sofre ao opressor.
Se você perdoa, diga isso ao perdoado.
Se você sonha, dê vida aos seus sonhos.
Se você pensa, dê raizes ao seu pensar.

MATERIALIZE.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Materialize

"O que sentimos não é importante.
Não tem importância nenhuma.
O que importa é o que FAZEMOS".

Tirado do filme "O Leitor", trecho a 1:15:01 do filme

Não nascemos prontos (final)

Última parte da palestra do Professor Cortella.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Não nascemos prontos 3..

Se está gostando, aqui está a parte 3 da palestra do Professor Cortella.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Não nascemos prontos 2...

Continuando a palestra do Professor Mário Sérgio Cortella.
Se ainda não viu a primeira parte, volte um pouco nos Post que você a encontrará.


 
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